A piada mortal é um quadrinho de 88 que narra a história
derradeira do Coringa. Apesar dela ter sido usada como canônica alguns anos
depois, a história se passa num universo alternativo, onde, impelido por
lembranças dolorosas (de sua origem) o Coringa tenta provar que qualquer um
pode ficar louco, caso venha a ter um dia ruim (e quanto a nadar num tanque de produtos químicos?).
Se você leu a HQ sabe que o fechamento da história deixa a entender que o Batman mata o Coringa, que notem, é uma versão piorada do da era de ouro, como se aquele Coringa houvesse, finalmente, saído completamente do controle e se tornado um psicopata que parou de roubar coisas (como na era de prata) e passou a espalhar o caos. Inclusive se nos atentarmos para os detalhes da HQ, veremos que todo aquele universo é uma espécie de futuro ruim também da era de prata do Batman, não há Robin nem Batgirl, algo aconteceu e deixou no passado aquelas aventuras divertidas da família Batman, e isso fica subentendido, quando em sua Batcavera o herói repousa uma carta coringa, ao lado de uma foto com todos da família Batman (tinha um batcão?).
Mas chega de chover no molhado (que essa discussão já foi massificada o suficiente nas interwebs) e vamos falar de outro fato da HQ que também ficou meio obscuro:
Se você leu a HQ sabe que o fechamento da história deixa a entender que o Batman mata o Coringa, que notem, é uma versão piorada do da era de ouro, como se aquele Coringa houvesse, finalmente, saído completamente do controle e se tornado um psicopata que parou de roubar coisas (como na era de prata) e passou a espalhar o caos. Inclusive se nos atentarmos para os detalhes da HQ, veremos que todo aquele universo é uma espécie de futuro ruim também da era de prata do Batman, não há Robin nem Batgirl, algo aconteceu e deixou no passado aquelas aventuras divertidas da família Batman, e isso fica subentendido, quando em sua Batcavera o herói repousa uma carta coringa, ao lado de uma foto com todos da família Batman (tinha um batcão?).
"Tinha dois caras num hospício…
uma noite eles decidiram que não queriam mais viver lá, e resolveram fugir!
Aí, foram até a cobertura do hospício
e viram, ao lado, o telhado de um outro prédio apontando pra lua... apontando
pra liberdade.
Então um dos sujeitos saltou sem problemas pro outro
telhado, mas seu amigo se acovardou, ele tinha medo de cair.
Aí o primeiro cara teve uma grande
ideia. Ele disse: 'Ei! Eu estou com minha lanterna
aqui. Vou acende-la sobre o vão
dos prédios e você atravessa pelo facho de luz!'
Mas o outro sacudiu a cabeça e
disse: 'O que? Você acha que sou louco?! E se você apagar a luz quando eu
estiver no meio do caminho?' “
Bom se você não leu a
HQ, recomendo que leia (claro). Até mesmo porque a morte do Coringa no final
ficou tão obscura, que diferente de certas pessoas que falam que já sabiam
desde sempre, eu realmente não havia notado que o Batman, abandona seu respeito
a vida humana e mata o Coringa, por este ter ido longe demais e ser tarde
demais pra uma reabilitação... mas ei isso pode só ser uma interpretação errada
de certos quadrinistas... vai que o Batman só desmaiou o palhaço com um golpe
de judô, e a luz que se apaga nos últimos quadrinhos, fazendo alusão a piada
contada pelo Coringa (essa ai de cima), seja na verdade uma forma de mostrar
que o Joker-Obobo-Opalhaço estava certo em afirmar que o Batman era tão louco
quanto ele, ao se apegar em algo sem substancia. A luz se apagando pode denotar
que finalmente o Batman desistiu de reabilitar o Coringa, mas daí a ter a
atitude de tomar uma vida humana, acho que é extremo de mais, até, e
principalmente, praquele Batman (por isso, talvez, a DC tenha visto a
possibilidade de tornar, de certa forma, a história canônica). Ainda assim a
morte do Coringa, ao final da HQ, se mantem como a melhor forma de terminar uma
HQ de herói que eu já vi, e até faz sentido com o monologo do Batman no começo
da história, e afinal, por que diabos o título seria 'A Piada Mortal' se ninguém
(além do dono do parque) morre?
Como podem ver os próprios autores da HQ nunca fizeram questão de
explicar se o Batman mata ou não o Coringa, talvez pra não estragar o final
bastante discutido até hoje. Apesar do desenhista, Brian Bolland (ai em cima), quase ter-nos
dado uma resposta definitiva, o que não aconteceu, mantem-se viva a discussão
sobre o final, mas aceitando-se, no mundo nerd, a interpretação do Morrison e outros quadrinistas: de que sim, o
Batman resolveu matar o Coringa, apesar das suplicas do comissário Gordon para
que não ô fizesse...
Mas chega de chover no molhado (que essa discussão já foi massificada o suficiente nas interwebs) e vamos falar de outro fato da HQ que também ficou meio obscuro:
E ai vocês acham que o
Coringa estuprou a Barbara Gordon?
Há quem diga que
sim...
Eu particularmente
prefiro pensar que não...
Mas
vamos sair da caixa e entender todo o ocorrido:
Posteriormente o Coringa mostra várias fotos ao comissário
Gordon.
E é nessas páginas que,
quem acha que o Coringa é um estuprador, se baseiam para afirmar que o palhaço
abusou sexualmente da Barbara...
Mas convenhamos, Alan
Moore é, talvez, o melhor escritor de quadrinhos de todos os tempos, e não só
isso, ele é um excelente contador de histórias. E um estupro não caberia nessa história.
O Coringa a fotografou despida e baleada como forma de mostrar ao Gordon a dor
de sua filha, para que ele visse o quão desprotegida ela estava naquele momento
de dor e sofrimento. Um momento no passado que Gordon não teve como impedir,
afinal o Coringa queria provar sua teoria: a de que qualquer um pode ficar
louco após "um dia ruim".
Mas o que os ordenamentos
legais nos falariam sobre o ocorrido (caso tivesse se passado no mundo real)?
“O crime
de estupro consiste no fato de o agente “constranger alguém, mediante violência
ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele
se pratique outro ato libidinoso” (CP, art. 213, caput). São quatro os elementos que
integram o delito: (1) constrangimento decorrente da violência física (vis
corporalis) ou da grave ameaça (vis compulsiva); (2) dirigido a
qualquer pessoa, seja do sexo feminino ou masculino; (3) para ter conjunção
carnal; (4) ou, ainda, para fazer com que a vítima pratique ou permita que com
ela se pratique qualquer ato libidinoso. O estupro, consumado ou tentado, em
qualquer de suas figuras (simples ou qualificadas), é crime hediondo (Lei 8.072/90,
art. 1º, V).”
Ah então houve o estupro, de certa forma. Considerando o que nos é
mostrado, qualquer promotoria conseguiria a condenação do Palhaço por tentativa
de estupro, mesmo não havendo a pratica sexual.... Ou seja (fora a tentativa de
assassinato por ter atirado nela) o Coringa despiu e fotografou a Barbara sem
consentimento da mesma, o que denota o abuso, assim fica legitimado uma espécie
de atentado contra a sexualidade da moça. Cadeia nesse Palhaço FdP.
(O Batéman preferi matar... dizem.)
E é isso amiguinhos
esse foi meu primeiro post e espero que tenham gostado. Se você ao menos parou
pra pensar, e colocou as caraminholas (sua massa cinzenta) pra funcionar questionando-se
sobre acontecimentos de uma HQ, eu atingi meu objetivo, ou seja, você é um lamentável.
Não leu a revista
ainda? (Você deve estar reclamando de Spoilers né...)
Vai ler... e reler,
que vale a pena.
Se você concorda ou
não comigo sobre qualquer ponto do post, deixa aqui um comentário (e torce pro
Disqus não apagar).
Até a Próxima
Amiguinhos.
Comentários
Postar um comentário