Essas Bandas Desenhadas Que Me Fizeram

Eae, seus Gugu Negro. Dividirei minhas experiências ao longo dos anos para contextualizar o que sou hoje e como esse mercado me ajudou como pessoa.

Primeiro! OLA A TODOS OS AMIGOS DA NONA ARTE!

Para começar, o jovem Reversador começou meio simples, algo que é totalmente compreensível. Eu costumava ler o básico que uma criança era encaminhada a ler, lia disney, Ziraldo, turma da Mônica e Calvin e Haroldo, leituras que os pai,professores e os tios que te chamavam para dar uma bala, recomendavam você ler, por isso falei que é totalmente compreensível. Até porque você é pequeno e não tem tanta direção, e  basicamente essas recomendações são as que a gente recebe.

A turma da Mônica mostrou esse lado de companheirismo presente nas histórias, como as brigas, pensamentos infantis e  jovens com um mundo todo para eles, onde criavam teatros para eles mesmos. resumo da opera, eu me identificava com as histórias e o tom delas.

Caras, Calvin e Haroldo merece um post só para ele! Vou guardar o que vou dizer. Serio, já tô vendo o texto que vai ficar, não só o texto do post de hoje, mas como o post de Calvin e Haroldo. Então! PRÓXIMO!

Ziraldo, mesmo sendo um filho da puta as vezes, ainda teve um papel muito forte na minha formação como leitor de HQ. Porra, sem contar coisas óbvias como: menino maluquinho e turma do Pererê. Mas tem uma obra em especifico que me fez pensar mais com os meus 6/7 anos de vida, a obra era ''Um Menino Quadradinho''. Sim, o Ziraldo não tem tanta criatividade para titulo, sempre tem ''menino'' e palavras no diminutivos em algumas das obras dele. "Um Menino Muito Quadradinho" explica muito bem o que há na infância de um leitor de HQs, o lado nacional e internacional, a adoração e fascínio. O melhor é que a obra em si é uma critica sobre como subestimam as crianças, uma critica que está presente no ultimo quadro da revista e que me fez questionar as futilidades que eu quando criança era obrigado a ver, ler e saber. Um Menino Quadradinho foi uma revista que me foi obrigada a ler por ser ''infantil'', mas o Ziraldo conseguiu botar essa pegadinha e surpreender a cabeça desse rapaz que aqui escreve.
A Disney me fez ver muita coisa, tipo a Safadeza do Zé Carioca. O  quão babaca e bom era o Tio Patinhas. Me fez ver o quão chato é  umas HQ do Mickey.  Mas o que mais me marcou foi o heróismo desconstruído e a justificativa para fazer a ''diferença'' nos gibis do Super Pato. Praticamente um Anti-Herói. O Super Pato tava de saco cheio do que o Tio patinhas fazia com ele, ele queria mostrar a diferença e encontrou uma oportunidade de botar isso em pratica, mas mesmo assim disfarçado para ver o que o tio e como as pessoas o viam. Sem contar que as hqs do Super Pato eram engraçadas para um caralho. E eu curtia essa motivação da raiva e meio inveja que ele sentia, e de como ele usava isso como justificativa para combate. Era muito engraçado. Já senti o mesmo, com algumas pessoas.



A outra parte da minha vida foi marcada com as HQs da Marvel, DC, Vertigo, DarkHorse, Image e outras. É uma parte que fixou meu gosto por HQ, mas também é uma parte que eu não quero focar tanto. Elas me trouxeram o lado mais ''adulto'', o que era falada como ''impróprio'' para a minha idade. Foi uma loucura, caras. Teve uma época onde eu não tinha referência e ia lendo essas HQs na doida, sem cronologia e continuação. Comprava um mix qualquer na banca e ia ler sem entender nada, isso poderia ser uma armadilha que me faria confuso e me deixaria desinteressado, mas não! Isso não me parou. A minha orientação veio de um meio muito importante, a velha e antiga net. Botei no google ''melhores hqs de todos os tempos '' '' top 10 hqs '' '' a melhor hq do mundo ''; Fui encaminhado a varias como: piada mortal, reino do amanhã, Watchmen, HellBoy, muitas do Batman, muitas do Superman, muitas do Homem Aranha e etc.



Foi uma fase um pouco mais velha minha. Eu já tinha meio que largado e ficado de saco cheio com o que eu lia. eu queria mais diversidade e acabei desviando meu gosto para outras coisas sem ser quadrinhos, e meio que deixei esse gosto em um limbo. Não só por cansaço literário e insatisfação  mas também por uma angústia que marcou minha vida. Eu burramente perdi todas as minhas HQS na enchente que teve na minha casa, foi tudo pro lixo... acarretando cada vez mais num quase abandono de ler gibis. Mas veio uma vontade de revisitar esse gosto. A saudade bateu e eu fiquei mais frenético quando comecei a ler essas Hqs, aquele espirito de esperança voltou com o Superman. A identificação  da humanidade e perrengues do homem aranha me cativava. Mas também veio o lado podre com a versão dos vilões e do porque eles eram assim. Tudo foi ficando na minha cabeça para que eu finalmente moldasse esse meu gosto. A parte lisérgica. A parte bizarra. A parte humana. A parte sombria. De critica. Todas essas partes me moldaram para um gosto que nem chega a ser especifico, não tem um gosto claro. É um gosto que gosta de pegar um pouco de tudo. Foi lendo de tudo que esse meu lado quadrinistico foi formado, e o quão bom é diversificar. Procurar coisas diferentes e sobre o que essas coisas falam.


Sim, esse não foi um post de orientação para leitura ou conclusão do meu gênero favorito, mas foi um post sobre como esse valores são importantes e ajudam. No meu caso, moldaram praticamente uma personalidade, um outro lado meu que é presente hoje por causa das HQs. Essas revistinhas acabaram me tornando mais completo. Os quadrinhos são uma das minhas principais influências e referências para formar o cidadão que sou hoje, sem pagar de Mister Mister que  ''OHH, WAINN, APRENDI A LER COM TURMAN DAN MONICANN ''. Todo dia tento cativar meus amigos a lerem também, e é tão bom ver que estou conseguindo. Tentar mostrar algumas coisas diferentes para pessoas da minha bolha.

Lembrando! ainda vou fazer post sobre Calvin e Haroldo.

Bem, foi esse o post. Faz tempos que não escrevo. E para não ser um post para nada decidi fazer isso, expor mais como comecei e me ''formei'' como leitor de quadrinhos.

Um Big beijo para todos vocês





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