Eu Não Sou Seu Negro e Negação

Pelo tempo que vi esses dois filmes, não me lembro se foi na mesma semana, ou se coloquei os dois juntos aqui por conta da importância. É provável que seja o último caso. 

Vamos começar com Eu Não Sou Seu Negro.



Narrado por ninguém menos que Samuel L. Jackson, o documentário mescla trechos de livros, citações e entrevistas de James Baldwin, com a história das mortes de três líderes do Movimento Negro norte-americano. 

Somos levados, em meio a uma edição impecável, com excelente escolha de cenas de filmes, reportagens, imagens das ruas, a reflexões inéditas quanto à questão racial não apenas nos EUA, como no mundo. Sem mostrar a população negra como inertes cordeirinhos, e ao mesmo tempo escancarando a ignorância de uma sonhada supremacia branca.



Na mesma linha (ignorância dos racistas) está um filme urgente e necessário para os momentos atuais: Negação.


Isto mesmo, o filme é sobre negadores do Holocausto. É triste pensar que nunca será visto por quem realmente precisaria assistir. 

Baseado em fatos reais - e recentes, traz Rachel Weisz e Timothy Spall para contar a história de um dos negocionistas mais famosos da História: David Irving, que nos anos 80 e 90 vendeu muitos livros nos quais "provava" que o Holocausto era falso. Ao ser refutado e apresentado como mentiroso por uma historiadora, decidiu fazer fama e dinheiro, processando a então professora universitária que compôs o livro no qual reafirmava a veracidade do Holocausto, em contrapartida a Irving. 


Desnecessário comentar sobre as atuações. Fica apenas a recomendação para ver e, principalmente, indicar. 

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